Todos os fins-de-semana, de meados de Junho a meados de Setembro, na ilha do Pico, há localidades em festa, onde, além da componente religiosa existe sempre uma componente profana, com pelo menos duas filarmónicas, arrematações, bons petiscos e um Bailo de Chamarrita, que é um baile de roda mandado, o único que ainda se "baila", espontaneamente, nos Açores. Se assistir a algum, não fique admirado por o irem buscar para dançar. São assim as gentes dos Açores!

O isolamento das ilhas, aliado às cíclicas calamidades que as assolaram, assaltos de piratas, doenças, tempestades, sismos e vulcões, levaram os seus habitantes a procurar ajuda celestial. Para enfrentarem tamanhas adversidades, olhavam para o Céu implorando socorro divino, em geral ao Espírito Santo, mas também para aos Santos da sua devoção.

A religiosidade do Povo Açoriano expressa-se, porém, de um modo muito particular, nas festas em honra do divino Espírito Santo, que se comemora sempre, no sétimo Domingo após a Páscoa.

Pelo facto de ser uma festa sentida e venerada por todos os Açorianos, a Assembleia Regional dos Açores, escolheu a Segunda-Feira do Espírito Santo, para Dia dos Açores, símbolo da Unidade Regional.

A festa do Espírito Santo é uma festa de partilha, partilha-se o Pão, a Carne e o Vinho, cumprindo uma promessa ou agradecendo uma dádiva recebida e atribuída ao Espírito Santo. Pode ser a cura de uma doença, a formatura de um filho, a sobrevivência a uma catástrofe natural ou um ano de boas colheitas.

Estas festividades iniciam-se com uma missa onde em geral o mordomo é coroado.

Seguem-se as Sopas do Espírito Santo onde se sentam à mesma mesa os pobres do lugar e as centenas de convidados de qualquer extracto social.

As Sopas são constituídas por carne cozida, pão demolhado no caldo que as cozeu, carne assada, massa sovada, vinho e, como sobremesa, o arroz doce.

Ao fim da tarde, procede-se à distribuição das rosquilhas ou vésperas, com as marcas dos singularíssimos chavões de cedro, diferentes de império para império ou até de casa para casa, a todos os que estão no arraial ouvindo a filarmónica ou que, simplesmente, estejam de passagem.

Boa parte das freguesias do Pico têm nomes religiosos, Santa Luzia, Santo António, São Roque, Santo Amaro, São João, São Mateus e Madalena. Os próprios feriados municipais, são no dia do Padroeiro, São Roque, dia 16 de Agosto; Santa Maria Madalena, dia 22 de Julho e a 29 de Junho, dia de São Pedro, Padroeiro das Lajes.

Cais Agosto

(em construção)
www.caisagosto.net

 

Santa Maria Madalena

(em construção)

 

Semana dos Baleeiros

(em construção)
www.municipio-lajes-do-pico.pt

 

Festas da costa

(em construção)